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CASSI e as Negociações. A Questão dos DependentesA melhor forma de induzir pessoas a erro é dizer frases verdadeiras com conotação mentirosa. Desde dezembro/2014 quando o então Diretor de Saúde, William Mendes deu conhecimento a todos da situação deficitária da CASSI, que se debate a melhor forma de se superar os déficits mensais (arrecadação menor que despesas), garantindo um novo e, se possível, longo período de novo comprometimento de renda dos funcionários do BB com o Plano de Associados. Entretanto, a Diretoria do Banco do Brasil acrescentou no debate sobre o custeio necessário, algumas determinações políticas, sem qualquer embasamento técnico, como é o caso da exigência da cobrança por dependentes. Para tanto, a Diretoria do Banco do Brasil vem informando que “nenhum plano de saúde pode se sustentar se não cobrar os custos dos dependentes dos respectivos titulares”. A afirmação é verdadeira. Mas a insinuação de que os custos dos dependentes não são cobrados, É MENTIROSA. Para evitar que os colegas tomem decisão induzidos a erro, julgamos necessário prestar alguns esclarecimentos. O Relatório Anual da CASSI do ano de 2017, informou que a população do Plano de Associados era de 409.405 pessoas, sendo: 92.390 associados da ativa; 139.529 dependentes dos associados da ativa; 79.478 associados aposentados; 76.083 dependentes de associados aposentados; 19.386 pensionistas (ex-dependentes de associados falecidos) e, 2.539 dependentes indiretos. Essa população de titulares e dependentes estava dividida nas seguintes faixas etárias:
Para projetar os seus custos futuros, a CASSI sempre calcula atuarialmente o custo POR PESSOA e POR FAIXA ETÁRIA, como todo e qualquer plano ou seguro de saúde, sejam os usuários titulares ou dependentes do Plano de Associados. Depois de calculado o custo total projetado, as autogestões e os planos e seguros de saúde de mercado, definem como cobrar de seus usuários o MONTANTE QUE CUBRA O CUSTO TOTAL PROJETADO. Os planos e seguros de saúde de mercado cobram de CADA USUÁRIO, titular ou dependente, o preço do risco de sua faixa etária, independentemente da remuneração de cada titular. As autogestões, por outro lado, por terem todos os seus titulares com a mesma fonte de renda – o patrocinador quando da ativa e o fundo de pensão quando da aposentadoria – podem comparar o custo total projetado com a folha de pagamentos dos funcionários da ativa e aposentados e definir qual o percentual da renda de todos os titulares que deve ser cobrado para cobrir o custo total projetado. Note-se que apesar dos métodos de definição de preço serem diferentes, nos dois casos, o CUSTO TOTAL PROJETADO (custo projetado de todos os titulares e dependentes) é pago. Ao dizer que na CASSI não se faz cobrança individual por dependente (o que é verdade) a Diretoria do BB induz ao entendimento de que os custos dos dependentes não são cobrados (o que é falso). Além disso, é na forma de arrecadação do custo total projetado que reside a enorme vantagem comparativa das autogestões, em relação aos planos e seguros de saúde do mercado. É VERDADE que quanto mais idosa a pessoa, maior tende a ser o seu custo com saúde. E maior, então, é o preço do plano ou seguro de saúde para essas pessoas. Mas NÃO É VERDADE que quanto mais idosa a pessoa mais ela ganha. A própria aposentadoria garante ao aposentado um provento menor do que a remuneração que este aposentado recebia quando na ativa Nas autogestões, tendo em vista que o preço a ser pago é um mesmo percentual do salário de todos, todos terão a mesma capacidade de pagamento, o que garantirá a possibilidade de todos os titulares e pensionistas permanecerem no plano até o final de suas vidas. E é por isso que a CASSI tem quase 30% de seus usuários com mais de 58 anos de idade, sendo 157 usuários com mais de 100 anos. Por outro lado, nos planos e seguros de saúde de mercado, o percentual médio de usuários com mais de 58 anos de idade é de 5,5%. Isso porque quanto mais idoso maior é o custo sem o correspondente acréscimo na remuneração. Assim, por incapacidade de pagamento, os idosos deixam de ter plano de saúde. É por este motivo que chamamos o nosso critério de rateio do custo total projetado de SOLIDARIEDADE – o modelo que garante a todos a capacidade de pagamento para ter um plano de saúde por toda a vida. Um processo tão simples para se equacionar está esbarrando nas determinações governamentais e na miopia de dirigentes do BB que querem, com discurso de reequilibrar a CASSI (que é o que todos querem), assumir o controle da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, como se esta fosse do Banco, para retirar conquistas dos funcionários e facilitar seu processo de privatização. Em respeito a todos os que vieram antes de nós e nos deixaram este legado, precisamos fazer o possível para que a geração atual de colegas da ativa consiga resistir às duras ameaças a seus direitos e das suas famílias. Por uma negociação objetiva e honesta, sem golpes nem contra os funcionários e nem contra o povo brasileiro. |
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